É a única adega em todo o Alentejo que mantém o sistema antigo de fermentação, em lagares com pisa a pé, para todos os seus vinhos tintos. O atual gestor da empresa, Ian Reynolds Richarson, afirma que o vinho do Mouchão tem uma cor muito intensa e escura e um corpo fora do normal, mesmo para o Alentejo, o que lhe permite uma longevidade acima da média. Os sócios da importadora Adega Alentejana, que trazem ao Brasil os vinhos deste produtor, tiveram a oportunidade de degustar o Mouchão 1954 (na época com 50 anos de vida) e adoraram o vinho, afirmando que ele ainda tinha capacidade de agüentar mais alguns anos na garrafa.
Vamos aos vinhos que degustei:

Este vinho tem uma coloração bem fechada e aromas que lembram compotas e especiarias. Na prova apresenta uma certa acidez, devido à sua juventude. Tem notas de frutos vermelhos e um final persistente. Em sua composição, que tem 15% de álcool, estão as castas Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira. É um vinho que deve melhorar com o tempo. Passou seis meses em tonéis de madeira de grandes dimensões e barricas novas de carvalho francês e americano. O preço no Recife é R$ 39,20, na Lacomex.

É um ótimo vinho, daqueles que deixam um final bem agradável na boca. Feito com as uvas Alicante Bouschet e Trincadeira, o Mouchão tem aromas complexos, que vão de ameixas e frutos vermelhos a couro e um pouco da madeira onde estagiou (o vinho fica durante 2 a 3 anos em tonéis de madeira com mais de 40 anos e capacidade superior a 2 mil litros). Na boca tem bom volume e uma estrutura marcante, com notas de frutas e uma madeira diferenciada. Os taninos são potentes, embora suaves à degustação. Tem 13% de álcool e, segundo orientações do produtor, deve ser decantado e aberto pelo menos uma hora antes de ser degustado. Só não me agradou o preço. Custa R$ 139 no Recife e pode ser encontrado em várias distribuidoras, como Casa dos Frios e RM Express.
1 comentário
Essa é a história que estava procurando dessa vinicola
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