Ontem, 07/04, foi o dia do jornalista. A data me motivou a
refletir sobre o rumo que tomei em minha carreira. Sim, sou jornalista de
profissão, mas em um certo ponto do caminho o vinho entrou na minha vida e
também virou um ofício. As duas coisas se entrelaçaram a partir do momento em
que resolvi começar a escrever despretensiosamente sobre uma bebida que eu já
apreciava.
Não poderia ter escolhido um nome melhor para o blog que
acabara de inventar. Nem pensei muito. Esse nome unia justamente duas paixões (escrever
+ vinhos) numa só palavra: Escrivinhos. Isso mesmo, escrito assim, de uma maneira
informal e até mesmo caipira, não negando as minhas origens nordestinas.
O Escrivinhos era uma coisa minha para mim mesma. Era
fevereiro de 2008. A ideia era anotar sobre os vinhos que eu tomava e gostava:
um passatempo, uma maneira de lembrar daquele rótulo especial e até mesmo de
registrar os bons momentos com os amigos. Mas foi aí que a coisa mudou de
figura. A internet é um mundo. E esse mundo está cheio de pessoas ávidas por
informações. E os meus “escrivinhos” já não eram mais só para mim. A partir
daí, a veia jornalística falou mais alto e eu resolvi que tinha, a todo custo,
melhorar aquele conteúdo para não passar informações equivocadas aos meus visitantes.
Foi aí que resolvi ser sommelière. Me formei, continuei
estudando e provando cada vez mais rótulos. Hoje, a brincadeira virou trabalho.
Nada de editoria de polícia, nada de notícias de tecnologia e ciência, nada de
diários oficiais. Cada vinho é uma obrigação, por mais prazerosa que seja. Jantares
e almoços com sequencias de pratos e harmonizações já não me “enchem” mais a vista. O que importa é se o produto é bom e, principalmente, se tem o preço
justo. Hoje eu escrevo vinho e bebo informações.
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