

O encontro ainda contou com a presença de dois Claúdios. O primeiro, padre, capelão da Marinha, que enriqueceu a noite com um relato sobre vinho e religião. O outro, proprietário da Ingá, que deu uma palhinha sobre os vinhos, dividindo comigo a missão de falar sobre as “estrelas da noite”.

Confira o resultado da degustação:
Entrada: Vol au vent de abobrinha e queijo coalho
Espumante Casa Perini Brut Champenoise

No nariz tem caráter cítrico, incluindo ainda toque amendoado. O gosto também é cítrico, envolvendo notas de maçã. Apresenta pouca cremosidade, mas oferece um ótimo frescor e acidez, sendo boa opção para acompanhar entradas, pratos leves ou apenas bebericar. O amargorzinho final dá o charme.
Classificação: Muito bom.
Prato principal: Filé de cordeiro envolto em folha de chaya. Risoto de shitake e shimeji com grano padano, geléia de pimenta e farofa de nozes.
Avondale Reserva Syrah – 2005

O resultado é um vinho de cor rubi com reflexos violeta, e de aromas gostosos e com boa complexidade, entre os quais pude identificar frutas escuras (ameixa bem marcante), baunilha e fumo. Na boca, a ameixa e a baunilha aparecem novamente, tudo muito bem integrado com a madeira. Boa persistência e ótima presença na boca. O teor alcoólico é de 14,5%, mas passa despercebido devido à sua maciez.
Classificação: Excelente.
Serrera Syrah – 2005

Tem bela cor rubi, com finas e longas lágrimas em tons violeta. Inicialmente, achei o álcool um pouco pronunciado no nariz, mas nada o que uma boa “respirada” (deixar o vinho por um breve período em contato com o oxigênio) não resolva. Sugiro decantá-lo. Após a respirada, surgem notas de morango, chegando a lembrar até compota. Também aparece baunilha, especiarias e defumado. Na boca, apresenta taninos de ótima qualidade, fruta e madeira na medida certa. Acho que ainda tem a evoluir na garrafa.
Classificação: Muito bom.
Sobremesa: Copinho de panna cotta (nata cozida/creme de leite cozido), manga Kent e gelatina de tangerina.
Flor de Torrontés Reserva – 2007

Na taça, mostra coloração amarelo pálida e traz um aroma bem floral e de frutas tropicais. Já no paladar, mostra ótima acidez, mantendo o frutado e com um interessante toque de menta. Caiu perfeitamente com a sobremesa, que tem doçura praticamente no mesmo nível do vinho. O vinho também deve cair super bem com comida japonesa e salada de frutas. Sua graduação é de 13,5%.
Classificação: Muito bom.
FOTOS - Quem quiser conferir mais imagens do evento, captadas pelas lentes do confrade Haroldo, é só clicar aqui. A senha é: cavas.
5 comentários
Fabiana!!!!
Linda sua matéria, obrigada pelo estrela!!!!!
Beijos,
Kácia Nogueira!
Prezada Fabiana, quero mais uma vez agradecê-la pela participação no 15º CAVAS e pelos elogiosos comentários no blog.
Realmente foi uma grande noite. E esta é proposta da CAVAS: encontros descontraídos, bons vinhos, boas comidas, bons ambientes e oportunidades para todos.
Kacinha Nogueira fez por merecer. Ela está bem preparada e nos serviu um delicioso cardápio. Iremos convidá-la outras vezes.
Não posso deixar de registrar também as honrosas participações dos professores Otávio Moraes, que "degolou seis garrafas de espumante" com o seu poderoso Sabre e Ivan Miranda, que lançou o seu livro "Viagem ao mundo do vinho". Sem dúvida, uma importante obra para aqueles que apreciam essa bebida milenar.
Prá completar, ainda fomos agraciados com a participação do Padre Cláudio, sempre brilhante com os seus comentários relacionados ao vinho e à religião e dos proprietários da Ingá, Cláudio, Márcia e Cláudia.
Enfim, foi uma noite de muitas atrações, que culminou com a sobremesa feita com a manga Kent, produzida em Belém do São Francisco pelo confrade Paulo Dantas, maior produtor brasileiro.
Prezada Fabiana,
Muito obrigado por me incluir nesta sua bela matéria. Foi um evento enriquecedor para todos nós: o Ricardo e o Gustavo estão de parabéns pela organização.
Saudações,
Pe. Claudio Jacinto
Enoprezada confrade Fabiana, obrigado pela publicação e pelas doutas matérias a cerca do evento. Torna-se cogente seu vasto conhecimento. Ao postar-lo, concede-nos a possibilidade de revivê-lo (quando comentamos) e de “religá-lo” noutras pessoas e noutros apriscos (conforme nos instrui o confrade Pe Cláudio). Os comentaristas anteriores já teceram os acontecimentos do evento. No entanto, quero proferir a qualidade dos nossos membros. São confrades: Jornalistas, Padres, Médicos, Juízes, Advogados, Empresários, Engenheiros, Reitores, Chefs, Procuradores, .... Nos eventos somos: palestrantes, fotógrafos, “sabreadores”, iniciantes, organizadores, mestres de cerimônia, garção, escanção, ...., enfim, nós efetivamente participamos da confraria. Como Ricardo diz: somos diferentes. Digo mais, Fabiana, esta sua confraria é singular.
=]
foi ótimo.
Postar um comentário